As três novelas do volume, cada qual a seu modo, tocam em dois temas caros a Yoko Ogawa: memória e ausência. Em A piscina, a jovem Aya precisa lidar com o amadurecimento que a deixa entre a lembrança de um passado mais simples, que fica para trás, e o vislumbre de um futuro complexo, difícil e sofrido. Amadurecer será para ela conciliar os novos sentimentos e uma época em que “não conhecia a tristeza nem a dor no coração”. Diário de gravidez, é narrada mesmo em forma de diário pela irmã da grávida. Yoko Ogawa usa a força da sugestão para gerar algo que a um só tempo existe e não existe ― uma versão literária do gato de Schrödinger, por assim dizer. Várias entradas do diário descrevem uma gravidez que parece um delírio. Mas, se é mesmo o caso, quem será que delira: a narradora, a irmã ou os leitores? Em Dormitório, uma mulher retorna ao dormitório universitário em que viveu durante os tempos de estudante, nos arredores de Tóquio. O local, administrado por um estranho professor, aos poucos se deteriora e deixa de ser como a mulher recorda. Seu retorno é como o de alguém que vai à periferia de uma mente e lá encontra memórias que aos poucos desaparecem ou se transformam.

Estação Liberdade - 1ª ed. - 2023 - 168 pág. - brochura

Sobre a autora:

Yoko Ogawa

Nasceu em Okayama, Japão, em 1962. Sua vocação leitora foi despertada precocemente por clássicos infantis, graças a um sistema de assinatura de livros deque a família dispunha. Gosta decitar O diário de Anne Frank como uma referência decisiva para perceber a escrita como via possível e necessária de auto expressão. Estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção. A autora vive atualmente em Ashiya, província de Hyogo — nas proximidades de Kyoto. Arrebatou todos os prêmios referenciais do meio literário japonês, pelas obras Diário da gravidezA fórmula preferida do ProfessorO enterro de Brahman, e por A marcha de Mina. Pela Estação Liberdade, a autora publicou O museu do silêncio(2016) e A fórmula preferida doProfessor (2017), obra que foi vertida para o cinema, pelo diretor Takashi Koizumi, ex-assistente de Akira Kurosawa.

A piscina - Diário de gravidez - Dormitório - três novelas - Yoko Ogawa

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As três novelas do volume, cada qual a seu modo, tocam em dois temas caros a Yoko Ogawa: memória e ausência. Em A piscina, a jovem Aya precisa lidar com o amadurecimento que a deixa entre a lembrança de um passado mais simples, que fica para trás, e o vislumbre de um futuro complexo, difícil e sofrido. Amadurecer será para ela conciliar os novos sentimentos e uma época em que “não conhecia a tristeza nem a dor no coração”. Diário de gravidez, é narrada mesmo em forma de diário pela irmã da grávida. Yoko Ogawa usa a força da sugestão para gerar algo que a um só tempo existe e não existe ― uma versão literária do gato de Schrödinger, por assim dizer. Várias entradas do diário descrevem uma gravidez que parece um delírio. Mas, se é mesmo o caso, quem será que delira: a narradora, a irmã ou os leitores? Em Dormitório, uma mulher retorna ao dormitório universitário em que viveu durante os tempos de estudante, nos arredores de Tóquio. O local, administrado por um estranho professor, aos poucos se deteriora e deixa de ser como a mulher recorda. Seu retorno é como o de alguém que vai à periferia de uma mente e lá encontra memórias que aos poucos desaparecem ou se transformam.

Estação Liberdade - 1ª ed. - 2023 - 168 pág. - brochura

Sobre a autora:

Yoko Ogawa

Nasceu em Okayama, Japão, em 1962. Sua vocação leitora foi despertada precocemente por clássicos infantis, graças a um sistema de assinatura de livros deque a família dispunha. Gosta decitar O diário de Anne Frank como uma referência decisiva para perceber a escrita como via possível e necessária de auto expressão. Estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção. A autora vive atualmente em Ashiya, província de Hyogo — nas proximidades de Kyoto. Arrebatou todos os prêmios referenciais do meio literário japonês, pelas obras Diário da gravidezA fórmula preferida do ProfessorO enterro de Brahman, e por A marcha de Mina. Pela Estação Liberdade, a autora publicou O museu do silêncio(2016) e A fórmula preferida doProfessor (2017), obra que foi vertida para o cinema, pelo diretor Takashi Koizumi, ex-assistente de Akira Kurosawa.