Há na atmosfera de nosso tempo algo que soa falso e nos alarma. Será que devemos resignar-nos ao fim dos pensamentos universalistas, ao reino versátil da democracia de opinião, ao novo dogmatismo do mercado total ou da tecnociência, ao desaparecimento definitivo das utopias e da esperança? Por trás desses discursos, adivinhamos formas novas de dominação, desigualdades que se aprofundam, um princípio de humanidade que naufraga. Mas estes perigos nos encontram estranhamente desarmados. Depois de um século marcado pelas tiranias, as loucuras e as ruínas, não sabemos mais como enfrentá-los. Nós estamos descrentes de tudo e nos desencantamos muito rapidamente. Raramente nos havia parecido tão urgente reencontrar um pouco de terra firme. Jean-Claude Guillebaud nos convida à (re)fundação do mundo e à compreensão do porquê valores essenciais, como a igualdade, a razão, o universal, a liberdade, a justiça, se fragilizaram. E explica: (re)fundar não é repatriar valores e tradições sem antes reinventá-los; não é somente resistir à barbárie.
"Reinventar o mundo é redefinir o que nos une e para que futuro queremos caminhar. " E indaga: mas sobre que fundações (re)construir o edifício de nossos códigos, convicções comuns, princípios partilhados, projetos definidos, fidelidades herdadas? Guillebaud busca nos anos 90 o início de um movimento de revisão crítica dos crimes, loucuras e mentiras do século que findou, procurando reconhecer a lógica que os fundamentou e as idéias matrizes que com eles foram sendo destruídas. Informativo, questionador, o livro obriga a pensar a modernidade, no sentido literal do termo, de ver o peso das coisas que fazem a balança pender pra um ou outro lado, para que não nos vejamos tentados nem a recusá-los nostalgicamente, nem a aderir cegamente à vulgata dominante celebrando um futuro radioso de um tecnocientificismo supostamente capaz de preencher todas as necessidades e dar resposta a todas as inquietações humanas. Um desafio. Como diz o autor, o planeta do futuro não será nossa herança e sim nossa criação ou invenção. O mundo que nos espera não está para ser conquistado, está para ser (re)fundado.

Record - 1ª ed. - 2003 - 378 pág. - brochura

A REINVENÇÃO DO MUNDO -Um adeus ao século XX - Jean-Claude Guillebaud - outlet

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Há na atmosfera de nosso tempo algo que soa falso e nos alarma. Será que devemos resignar-nos ao fim dos pensamentos universalistas, ao reino versátil da democracia de opinião, ao novo dogmatismo do mercado total ou da tecnociência, ao desaparecimento definitivo das utopias e da esperança? Por trás desses discursos, adivinhamos formas novas de dominação, desigualdades que se aprofundam, um princípio de humanidade que naufraga. Mas estes perigos nos encontram estranhamente desarmados. Depois de um século marcado pelas tiranias, as loucuras e as ruínas, não sabemos mais como enfrentá-los. Nós estamos descrentes de tudo e nos desencantamos muito rapidamente. Raramente nos havia parecido tão urgente reencontrar um pouco de terra firme. Jean-Claude Guillebaud nos convida à (re)fundação do mundo e à compreensão do porquê valores essenciais, como a igualdade, a razão, o universal, a liberdade, a justiça, se fragilizaram. E explica: (re)fundar não é repatriar valores e tradições sem antes reinventá-los; não é somente resistir à barbárie.
"Reinventar o mundo é redefinir o que nos une e para que futuro queremos caminhar. " E indaga: mas sobre que fundações (re)construir o edifício de nossos códigos, convicções comuns, princípios partilhados, projetos definidos, fidelidades herdadas? Guillebaud busca nos anos 90 o início de um movimento de revisão crítica dos crimes, loucuras e mentiras do século que findou, procurando reconhecer a lógica que os fundamentou e as idéias matrizes que com eles foram sendo destruídas. Informativo, questionador, o livro obriga a pensar a modernidade, no sentido literal do termo, de ver o peso das coisas que fazem a balança pender pra um ou outro lado, para que não nos vejamos tentados nem a recusá-los nostalgicamente, nem a aderir cegamente à vulgata dominante celebrando um futuro radioso de um tecnocientificismo supostamente capaz de preencher todas as necessidades e dar resposta a todas as inquietações humanas. Um desafio. Como diz o autor, o planeta do futuro não será nossa herança e sim nossa criação ou invenção. O mundo que nos espera não está para ser conquistado, está para ser (re)fundado.

Record - 1ª ed. - 2003 - 378 pág. - brochura