Reunião de narrativas escritas entre 1949 e 1969, Antes do Baile Verde é considerado por muitos críticos o livro de contos literariamente mais bem-sucedido de Lygia Fagundes Telles. As situações narradas são as mais diversas. Em “A Caçada”, um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão. Já no macabro “Venha
ver o Pôr do Sol”, um rapaz leva sua ex-namorada a um jazigo de família abandonado. Conflitos amorosos também são tema
de “Apenas um Saxofone”, “Um Chá bem Forte e Três Xícaras”, “O Jardim Selvagem” e “As Pérolas”. Mas o enfoque é sempre
diverso e surpreendente. Em “O Menino”, por exemplo, uma infidelidade conjugal é observada de modo oblíquo, pelos
olhos de um garoto que vai ao cinema com a mãe.

Mas o escopo humano e literário de Lygia não se restringe aos dramas de casais. “Natal na Barca” é uma pequena parábola, com final epifânico. “Meia-noite em Ponto em Xangai” é o balanço que uma prima-dona da ópera faz de sua vida solitária e vazia. Em “O Moço do Saxofone” um motorista de caminhão hesita em ir para a cama com uma mulher casada numa pensão de beira de estrada. Em “A Janela”, um louco visita um bordel dizendo que é a casa onde seu filho morreu.

Com sua prosa segura e elegante, alternando com desenvoltura gêneros e vozes narrativas, a autora expõe aqui no mais alto grau sua capacidade de seduzir e emocionar o leitor.

Cia. das Letras - 208 pág. - brochura

ANTES DO BAILE VERDE - Lygia Fagundes Telles

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Reunião de narrativas escritas entre 1949 e 1969, Antes do Baile Verde é considerado por muitos críticos o livro de contos literariamente mais bem-sucedido de Lygia Fagundes Telles. As situações narradas são as mais diversas. Em “A Caçada”, um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão. Já no macabro “Venha
ver o Pôr do Sol”, um rapaz leva sua ex-namorada a um jazigo de família abandonado. Conflitos amorosos também são tema
de “Apenas um Saxofone”, “Um Chá bem Forte e Três Xícaras”, “O Jardim Selvagem” e “As Pérolas”. Mas o enfoque é sempre
diverso e surpreendente. Em “O Menino”, por exemplo, uma infidelidade conjugal é observada de modo oblíquo, pelos
olhos de um garoto que vai ao cinema com a mãe.

Mas o escopo humano e literário de Lygia não se restringe aos dramas de casais. “Natal na Barca” é uma pequena parábola, com final epifânico. “Meia-noite em Ponto em Xangai” é o balanço que uma prima-dona da ópera faz de sua vida solitária e vazia. Em “O Moço do Saxofone” um motorista de caminhão hesita em ir para a cama com uma mulher casada numa pensão de beira de estrada. Em “A Janela”, um louco visita um bordel dizendo que é a casa onde seu filho morreu.

Com sua prosa segura e elegante, alternando com desenvoltura gêneros e vozes narrativas, a autora expõe aqui no mais alto grau sua capacidade de seduzir e emocionar o leitor.

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