Contos Dispersos reúne sessenta e nove contos "novos" de Moravia, encontrados dispersos em jornais, revistas e almanaques entre os anos de 1928 a 1951. Uma intensa pesquisa em várias bibliotecas, empreendida por Simone Casini e Francesca Serra, resultou num resultado imprevisto. Moravia parecia ter "esquecido" ou deixado no mais profundo esquecimento dos arquivos uma parte prolixa do seu trabalho. Os contos publicados neste volume nos fazem compreender que, mesmo tendo sido ele o mais feliz intérprete da tradição "realista" italiana, que vai de Boccaccio e Maquiavel a Goldoni e Manzoni, havia também algo mais em sua ficção que parece se situar fora dessa linha e encontra nele uma vigorosa síntese. A obra Contos Dispersos está dividida em três fases: aqueles que emergem ou explodem a partir da guerra; os contos que esboçam "tipos" ou "caracteres", equilibrando classicismo e surrealismo; e as narrativas "romanas" ou as "da Ciociaria" do pós-guerra, em que transparece visível regozijo. Estes contos, em sua totalidade, nos mostram que Moravia foi também bom leitor, um autêntico discípulo, como ele próprio afirmava, de Rimbaud e Dostoievski. Suas páginas, que mergulham nos escaninhos ou "cavernas" da psique e nos advertem de que o mal está sempre à beira das portas da alma, são seguidas de outras que abordam temores, revoltas, fantasias e em que desfilam visões da moderna civilização urbana em meio a uma atmosfera de irrealidade simbólica.

Ed. Bertrand Brasil - 1ª ed. - 2003 - 406 pág. - brochura

CONTOS DISPERSOS - 1928-1951 - Alberto Moravia - outlet

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Contos Dispersos reúne sessenta e nove contos "novos" de Moravia, encontrados dispersos em jornais, revistas e almanaques entre os anos de 1928 a 1951. Uma intensa pesquisa em várias bibliotecas, empreendida por Simone Casini e Francesca Serra, resultou num resultado imprevisto. Moravia parecia ter "esquecido" ou deixado no mais profundo esquecimento dos arquivos uma parte prolixa do seu trabalho. Os contos publicados neste volume nos fazem compreender que, mesmo tendo sido ele o mais feliz intérprete da tradição "realista" italiana, que vai de Boccaccio e Maquiavel a Goldoni e Manzoni, havia também algo mais em sua ficção que parece se situar fora dessa linha e encontra nele uma vigorosa síntese. A obra Contos Dispersos está dividida em três fases: aqueles que emergem ou explodem a partir da guerra; os contos que esboçam "tipos" ou "caracteres", equilibrando classicismo e surrealismo; e as narrativas "romanas" ou as "da Ciociaria" do pós-guerra, em que transparece visível regozijo. Estes contos, em sua totalidade, nos mostram que Moravia foi também bom leitor, um autêntico discípulo, como ele próprio afirmava, de Rimbaud e Dostoievski. Suas páginas, que mergulham nos escaninhos ou "cavernas" da psique e nos advertem de que o mal está sempre à beira das portas da alma, são seguidas de outras que abordam temores, revoltas, fantasias e em que desfilam visões da moderna civilização urbana em meio a uma atmosfera de irrealidade simbólica.

Ed. Bertrand Brasil - 1ª ed. - 2003 - 406 pág. - brochura