Bem-vindos à América de Mario Vargas Llosa. O escritor tomou a liberdade de anexar a França e de redesenhar terras que, nos mapas convencionais, parecem destacadas umas das outras. Entre elas o Brasil - que, às vezes, devido à diferença de língua, se esquece de que também é latino-americano -, aqui representado pelo carnaval carioca e por Euclides da Cunha, Jorge Amado e Rubem Fonseca, entre outros. Essa variedade de culturas surge conectada por traços que só o olhar de um exilado - bom conhecedor do que deixou para trás - poderia cruzar.

Vargas Llosa percorre passado, pessoas e costumes latino-americanos, de A a W. Coloca a lupa sobre o pequeno povoado colombiano de Aracataca, onde nasceu Gabriel García Márquez e de onde o autor de 'Cem anos de solidão' decalcou histórias fantásticas para sua Macondo. Retorna à Paris de1966, onde entrevistou o cineasta Luis Buñuel. Explorando as paixões literárias de sua formação e as que sobrevivem ao tempo, Vargas Llosa relembra uma realidade que tantas vezes tomou emprestada para criar romances. Cultura, reveses políticos, luta social e personalidades de diferentes países são evocados no que têm de único e também no que compartilham. O futebol brasileiro é lembrado pelo estilo inconfundível, 'uma urgência e um prazer ao mesmo tempo', audacioso e criativo como a culinária peruana. Teias de comparações inusitadas sugerem uma unidade latino-americana que 'nosotros', nela inseridos, raramente vislumbramos. Ao definir lugares e pessoas sob a forma de verbetes, Vargas Llosa reorganiza dimensões e oferece ao leitor uma América Latina mais nítida - terra firme.

Ediouro - 368 pág. - brochura

 

 

Dicionário Amoroso Da América Latina - Mario Vargas Llosa

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Bem-vindos à América de Mario Vargas Llosa. O escritor tomou a liberdade de anexar a França e de redesenhar terras que, nos mapas convencionais, parecem destacadas umas das outras. Entre elas o Brasil - que, às vezes, devido à diferença de língua, se esquece de que também é latino-americano -, aqui representado pelo carnaval carioca e por Euclides da Cunha, Jorge Amado e Rubem Fonseca, entre outros. Essa variedade de culturas surge conectada por traços que só o olhar de um exilado - bom conhecedor do que deixou para trás - poderia cruzar.

Vargas Llosa percorre passado, pessoas e costumes latino-americanos, de A a W. Coloca a lupa sobre o pequeno povoado colombiano de Aracataca, onde nasceu Gabriel García Márquez e de onde o autor de 'Cem anos de solidão' decalcou histórias fantásticas para sua Macondo. Retorna à Paris de1966, onde entrevistou o cineasta Luis Buñuel. Explorando as paixões literárias de sua formação e as que sobrevivem ao tempo, Vargas Llosa relembra uma realidade que tantas vezes tomou emprestada para criar romances. Cultura, reveses políticos, luta social e personalidades de diferentes países são evocados no que têm de único e também no que compartilham. O futebol brasileiro é lembrado pelo estilo inconfundível, 'uma urgência e um prazer ao mesmo tempo', audacioso e criativo como a culinária peruana. Teias de comparações inusitadas sugerem uma unidade latino-americana que 'nosotros', nela inseridos, raramente vislumbramos. Ao definir lugares e pessoas sob a forma de verbetes, Vargas Llosa reorganiza dimensões e oferece ao leitor uma América Latina mais nítida - terra firme.

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