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Cheguei à conclusão de que nós, homens, somos uns idiotas. Na raça humana, o sexo masculino é particularmente estúpido quando comparado ao feminino. Os homens entendem tudo tarde demais. As mulheres fazem isso bem antes", afirma Antonio Tabucchi. Foi baseado nesse pensamento que o escritor italiano escreveu Está ficando tarde demais. Nele, cada capítulo é uma carta fictícia de um homem para uma mulher.
As cartas de Tabucchi são construídas com frases que, numa simplicidade cotidiana, resumem em perfeitas imagens a existência e os dilemas de todos os personagens do livro. São vidas incompletas que foram marcadas pela suavidade de uma mordida numa doce fatia de melancia ou por uma chuva de verão. Cada relato é uma faxina cerebral em que sucessivas lembranças vão fazendo com que o passado seja remexido e reorganizado. Só assim o presente pode ser entendido e o futuro, de alguma forma, projetado.
Essas memórias são o que transformam Está ficando tarde demais, composto por 17 cartas independentes e sem muita conexão entre si, em um verdadeiro romance onde a saudade e os amores perdidos são os personagens principais. As mulheres a quem as cartas são endereçadas aparecem designadas de forma vaga e romantizada – "Minha querida", "Minha dama gentil", "Minha doce moça", "Meu amor" – pois, na verdade, não existem. São deusas inatingíveis, as musas vaporosas de cada um dos narradores.
Como o próprio autor explica no posfácio, a carta é um "mensageiro equívoco" que acaba funcionando muito mais como um monólogo do que como um diálogo. São pedidos de socorro, semelhantes a mensagens em garrafas lançadas ao mar, onde seus remetentes estarão sempre ávidos por respostas que certamente nunca chegarão. Não existem soluções nem mesmo quando a última correspondência, a única voz feminina do livro, aparece para dialogar com todas as cartas anteriores. O que ela traz é ainda mais espaço vazio.
O narrador de uma das cartas explica a sua "Querida, queridíssima querida" que tudo o que ele tem a contar "são histórias sem lógica, antes de tudo. (...) E sem rimas, sobretudo sem rimas, onde uma coisa não combina com a outra, nem um trecho de história com outro trecho de história, e tudo acaba assim, como a vida, que não obedece às rimas, e cada vida tem sua intensidade, que é diferente da intensidade dos outros". É o que Antonio Tabucchi faz: escreve sobre a vida real – onde não há introdução, clímax ou conclusão – em seus detalhes e imperfeições.
Deixando de lado, pelo menos por ora, seu fascínio pelo poeta português Fernando Pessoa (que rendeu as obras Os três dias de Fernando Pessoa e Requiem), Tabucchi – que se diz uma pessoa arcaica que despreza os computadores e não se interessa pela Internet – lança Está ficando tarde demais numa época em que a praticidade da comunicação interpessoal via e-mail faz com que os sentimentos mais preciosos acabem abreviados e rapidamente "deletados". Seu novo trabalho é, acima de tudo, uma forma de alertar ao mundo que, mesmo em meio à selva tecnológica em que vivemos, as cartas não podem se tornar meras peças de museu.
Ed. Rocco - 194 pág. - brochura
ESTÁ FICANDO TARDE DEMAIS - Antônio Tabuchi
Cheguei à conclusão de que nós, homens, somos uns idiotas. Na raça humana, o sexo masculino é particularmente estúpido quando comparado ao feminino. Os homens entendem tudo tarde demais. As mulheres fazem isso bem antes", afirma Antonio Tabucchi. Foi baseado nesse pensamento que o escritor italiano escreveu Está ficando tarde demais. Nele, cada capítulo é uma carta fictícia de um homem para uma mulher.
As cartas de Tabucchi são construídas com frases que, numa simplicidade cotidiana, resumem em perfeitas imagens a existência e os dilemas de todos os personagens do livro. São vidas incompletas que foram marcadas pela suavidade de uma mordida numa doce fatia de melancia ou por uma chuva de verão. Cada relato é uma faxina cerebral em que sucessivas lembranças vão fazendo com que o passado seja remexido e reorganizado. Só assim o presente pode ser entendido e o futuro, de alguma forma, projetado.
Essas memórias são o que transformam Está ficando tarde demais, composto por 17 cartas independentes e sem muita conexão entre si, em um verdadeiro romance onde a saudade e os amores perdidos são os personagens principais. As mulheres a quem as cartas são endereçadas aparecem designadas de forma vaga e romantizada – "Minha querida", "Minha dama gentil", "Minha doce moça", "Meu amor" – pois, na verdade, não existem. São deusas inatingíveis, as musas vaporosas de cada um dos narradores.
Como o próprio autor explica no posfácio, a carta é um "mensageiro equívoco" que acaba funcionando muito mais como um monólogo do que como um diálogo. São pedidos de socorro, semelhantes a mensagens em garrafas lançadas ao mar, onde seus remetentes estarão sempre ávidos por respostas que certamente nunca chegarão. Não existem soluções nem mesmo quando a última correspondência, a única voz feminina do livro, aparece para dialogar com todas as cartas anteriores. O que ela traz é ainda mais espaço vazio.
O narrador de uma das cartas explica a sua "Querida, queridíssima querida" que tudo o que ele tem a contar "são histórias sem lógica, antes de tudo. (...) E sem rimas, sobretudo sem rimas, onde uma coisa não combina com a outra, nem um trecho de história com outro trecho de história, e tudo acaba assim, como a vida, que não obedece às rimas, e cada vida tem sua intensidade, que é diferente da intensidade dos outros". É o que Antonio Tabucchi faz: escreve sobre a vida real – onde não há introdução, clímax ou conclusão – em seus detalhes e imperfeições.
Deixando de lado, pelo menos por ora, seu fascínio pelo poeta português Fernando Pessoa (que rendeu as obras Os três dias de Fernando Pessoa e Requiem), Tabucchi – que se diz uma pessoa arcaica que despreza os computadores e não se interessa pela Internet – lança Está ficando tarde demais numa época em que a praticidade da comunicação interpessoal via e-mail faz com que os sentimentos mais preciosos acabem abreviados e rapidamente "deletados". Seu novo trabalho é, acima de tudo, uma forma de alertar ao mundo que, mesmo em meio à selva tecnológica em que vivemos, as cartas não podem se tornar meras peças de museu.
Ed. Rocco - 194 pág. - brochura
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