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Parte desta história é conhecida: apanhado no contrapé pela súbita mudança ocorrida na economia brasileira em janeiro de 1999, o dono do Banco Marka, Alberto Cacciola, quebrou. E em seguida foi acusado de adquirir dólares do Banco Central a preços inferiores ao do mercado. A operação teria causado aos cofres públicos um prejuízo estimado entre R$ 56 milhões (segundo o banqueiro) e R$ 1,5 bilhões (segundo seus acusadores). Semanas depois, a revista Veja denunciaria Cacciola por obter informações privilegiadas em troca de propinas mensais pagas a altos funcionários do BC. E numa manhã de junho de 2000 o banqueiro despertou no chão de uma cela fedorenta, em uma prisão num subúrbio do Rio. Beneficiado por uma decisão do STJ, Cacciola foi libertado após 37 dias de cadeia. Viajou para a Itália, onde vive atualmente.
Disso tudo a opinião pública já tinha sido fartamente informada pela imprensa. O noticiário dedicado ao banqueiro ocupou mais de 4 mil páginas de revistas e jornais, 4 horas e meia de noticiário da TV Globo, 8 horas e meia na Globo News, 2 horas e 20 minutos na Record, 1 hora e meia na Bandeirantes - material que Cacciola oferece a quem se habilitar a realizar "uma tese demolidora sobre a irresponsabilidade e a leviandade da imprensa". Convencido de que foi massacrado pela mídia, o banqueiro decidiu escrever este "Confesso" - um saboroso relato do subsolo do "escândalo Marka".
Ele dá aqui sua versão dos episódios que levaram à ruína seu banco, sua fortuna, seus negócios e, quase, sua família. Para isso, dispara sem dó contra o presidente da República, os procuradores federais, policiais, senadores, ministros, juízes e até seus colegas economistas. E enfia fundo o bisturi nas vísceras da Justiça do Rio de Janeiro, ao denunciar a escandalosa venda de sentenças intermediada por advogados de alto coturno. Entre os raros nomes que escapam da artilharia do banqueiro está o do deputado petista Aloízio Mercadante - segundo o autor, "o único que botou o dedo na ferida".
O pano de fundo deste livro é o pesadelo vivido por Cacciola: a invasão de sua casa por um batalhão de policiais federais, os grampos telefônicos, as tentativas de extorsão, os dias de prisão (período em que ele, exímio cozinheiro, conquistou os demais presos graças a suculentos risotos de funghi secchi) e, finalmente, a cinematográfica fuga para a Itália.
O que está nesse livro é a verdade de Alberto Cacciola. Um depoimento que vai provocar calafrios em muito figurão brasileiro. Fernando Morais
Ed. Record - 434 pág. - brochura
Eu, Alberto Cacciola, Confesso: - Salvatore Alberto Cacciola
Parte desta história é conhecida: apanhado no contrapé pela súbita mudança ocorrida na economia brasileira em janeiro de 1999, o dono do Banco Marka, Alberto Cacciola, quebrou. E em seguida foi acusado de adquirir dólares do Banco Central a preços inferiores ao do mercado. A operação teria causado aos cofres públicos um prejuízo estimado entre R$ 56 milhões (segundo o banqueiro) e R$ 1,5 bilhões (segundo seus acusadores). Semanas depois, a revista Veja denunciaria Cacciola por obter informações privilegiadas em troca de propinas mensais pagas a altos funcionários do BC. E numa manhã de junho de 2000 o banqueiro despertou no chão de uma cela fedorenta, em uma prisão num subúrbio do Rio. Beneficiado por uma decisão do STJ, Cacciola foi libertado após 37 dias de cadeia. Viajou para a Itália, onde vive atualmente.
Disso tudo a opinião pública já tinha sido fartamente informada pela imprensa. O noticiário dedicado ao banqueiro ocupou mais de 4 mil páginas de revistas e jornais, 4 horas e meia de noticiário da TV Globo, 8 horas e meia na Globo News, 2 horas e 20 minutos na Record, 1 hora e meia na Bandeirantes - material que Cacciola oferece a quem se habilitar a realizar "uma tese demolidora sobre a irresponsabilidade e a leviandade da imprensa". Convencido de que foi massacrado pela mídia, o banqueiro decidiu escrever este "Confesso" - um saboroso relato do subsolo do "escândalo Marka".
Ele dá aqui sua versão dos episódios que levaram à ruína seu banco, sua fortuna, seus negócios e, quase, sua família. Para isso, dispara sem dó contra o presidente da República, os procuradores federais, policiais, senadores, ministros, juízes e até seus colegas economistas. E enfia fundo o bisturi nas vísceras da Justiça do Rio de Janeiro, ao denunciar a escandalosa venda de sentenças intermediada por advogados de alto coturno. Entre os raros nomes que escapam da artilharia do banqueiro está o do deputado petista Aloízio Mercadante - segundo o autor, "o único que botou o dedo na ferida".
O pano de fundo deste livro é o pesadelo vivido por Cacciola: a invasão de sua casa por um batalhão de policiais federais, os grampos telefônicos, as tentativas de extorsão, os dias de prisão (período em que ele, exímio cozinheiro, conquistou os demais presos graças a suculentos risotos de funghi secchi) e, finalmente, a cinematográfica fuga para a Itália.
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