O autor de Faca, sucesso unânime de crítica, também desta editora, apresenta agora um segundo volume de contos. O universo destas histórias é um sertão de ressonâncias existenciais, denso, de linguagem depurada, que conjuga em perfeito equilíbrio dureza e poesia. O espaço amplo, a solidão, os códigos, hábitos e constrangimentos sociais típicos do sertão dão às histórias uma austeridade digna de tragédias clássicas. Em alguns momentos, esse sopro clássico se reflete em inteligentes investigações morais, em outros, nos conflitos insolúveis entre os personagens, quando dois ou mais pontos de vista, a seu modo igualmente justos, se enfrentam até as últimas consequências. Mas Livro dos Homens marca, ainda, pela primeira vez na obra de Ronaldo Brito, o surgimento de enredos em que o imaginário sertanejo e o da cultura popular nordestina se encontram com a modernidade, como ocorre nos contos "Qohélet", "Cravinho" e "Mexicanos". Isso prova que, ao contrário do que se poderia pensar numa leitura apressada, o autor não se propõe a fazer uma releitura dos temas e da técnica regionalista. Sua literatura é inovadora, pessoal, encontrando ligações inesperados entre a força simbólica da atmosfera sertaneja e a contemporaneidade na qual todos vivemos.

Cosac Naify - 176 pág. - brochura

Livro dos Homens - Ronaldo Correia de Brito

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O autor de Faca, sucesso unânime de crítica, também desta editora, apresenta agora um segundo volume de contos. O universo destas histórias é um sertão de ressonâncias existenciais, denso, de linguagem depurada, que conjuga em perfeito equilíbrio dureza e poesia. O espaço amplo, a solidão, os códigos, hábitos e constrangimentos sociais típicos do sertão dão às histórias uma austeridade digna de tragédias clássicas. Em alguns momentos, esse sopro clássico se reflete em inteligentes investigações morais, em outros, nos conflitos insolúveis entre os personagens, quando dois ou mais pontos de vista, a seu modo igualmente justos, se enfrentam até as últimas consequências. Mas Livro dos Homens marca, ainda, pela primeira vez na obra de Ronaldo Brito, o surgimento de enredos em que o imaginário sertanejo e o da cultura popular nordestina se encontram com a modernidade, como ocorre nos contos "Qohélet", "Cravinho" e "Mexicanos". Isso prova que, ao contrário do que se poderia pensar numa leitura apressada, o autor não se propõe a fazer uma releitura dos temas e da técnica regionalista. Sua literatura é inovadora, pessoal, encontrando ligações inesperados entre a força simbólica da atmosfera sertaneja e a contemporaneidade na qual todos vivemos.

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