Netto perde sua alma, não é a história de Antônio de Souza Netto. É uma ficção a seu respeito, uma invenção, um sonho - meu e de outros homens. (Tabajara Ruas) Em NETTO PERDE SUA ALMA, o cultuado escritor Tabajara Ruas acaba por recuperar uma época ao imaginar a vida do herói farroupilha - general Antonio de Souza Netto. Netto participou de todas as guerras de fronteira e das revoluções que tumultuaram a região sul do Brasil no século passado. Contudo, segundo o autor, as notas biográficas a seu respeito são "poucas e incompletas", declara Ruas. É antes de tudo, uma ficção histórica sobre um tempo histórico. A história ganha alma na prosa de Tabajara Ruas, que, ao resgatar essa época, os longínquos idos de 1800, recupera igualmente personagens e, com eles, sentimentos e conflitos que são a essência humana. Ruas concede uma nova vida à personagens históricos já conhecidos como o próprio general Netto e o presidente monarquista Bento Gonçalves. Toda a narrativa do livro consiste em uma prosa direta, cristalina, tensa, cinematográfica e sinfônica. Existe ainda no texto um grande domínio do diálogo, uma verossimilhança, um acento corrente, uma dicção cotidiana depois de cada travessão. Há também um comedimento na utilização dos termos regionais, uma lealdade ao sotaque gaúcho sem caricatura, um realismo sem folclore nas falas dos personagens.

Ed. Record - 160 pág. - brochura

NETTO PERDE SUA ALMA - Tabajara Ruas

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Netto perde sua alma, não é a história de Antônio de Souza Netto. É uma ficção a seu respeito, uma invenção, um sonho - meu e de outros homens. (Tabajara Ruas) Em NETTO PERDE SUA ALMA, o cultuado escritor Tabajara Ruas acaba por recuperar uma época ao imaginar a vida do herói farroupilha - general Antonio de Souza Netto. Netto participou de todas as guerras de fronteira e das revoluções que tumultuaram a região sul do Brasil no século passado. Contudo, segundo o autor, as notas biográficas a seu respeito são "poucas e incompletas", declara Ruas. É antes de tudo, uma ficção histórica sobre um tempo histórico. A história ganha alma na prosa de Tabajara Ruas, que, ao resgatar essa época, os longínquos idos de 1800, recupera igualmente personagens e, com eles, sentimentos e conflitos que são a essência humana. Ruas concede uma nova vida à personagens históricos já conhecidos como o próprio general Netto e o presidente monarquista Bento Gonçalves. Toda a narrativa do livro consiste em uma prosa direta, cristalina, tensa, cinematográfica e sinfônica. Existe ainda no texto um grande domínio do diálogo, uma verossimilhança, um acento corrente, uma dicção cotidiana depois de cada travessão. Há também um comedimento na utilização dos termos regionais, uma lealdade ao sotaque gaúcho sem caricatura, um realismo sem folclore nas falas dos personagens.

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