Nos anos seguintes à Primeira Guerra Mundial, a pacata cidade de Poitiers transforma-se inadvertidamente em laboratório para os experimentos eróticos de Anatole Vasanpeine, empregado da casa de banhos local. Com zelo de historiador e malícia de ficcionista, Alberto Manguel reconstrói o perfil de um personagem que os hábitos regulares e solitários tornam quase invisível a seus concidadãos. Sob a orientação de um antiquário japonês, Vasanpeine descobre na câmera fotográfica o instrumento apto a rematar o amor que volta às partes do corpo; dedos e unhas, comissuras e cabeleiras, ocos e protuberâncias convertem-se em seres autônomos, livres da tirania de seus respectivos donos.

Mas que não se tome Vasanpeine por voyeur ou fetichista - ele é antes um ´filosofo natural´, cúmplice das formas que anseiam atingir uma existência arquetípica, e sequioso, ele mesmo, de livrar o desejo erótico da incompletude e da melancolia que vêm no encalço de todo ato amoroso. E tudo parece correr bem, até que uma singular criatura, fragmentária e indivisível, venha frustrar seu empenho e devolvê-lo ao tormento amoroso.

Cia. das Letras - 93 pág. - brochura

 

O AMANTE DETALHISTA - Alberto Manguel

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Nos anos seguintes à Primeira Guerra Mundial, a pacata cidade de Poitiers transforma-se inadvertidamente em laboratório para os experimentos eróticos de Anatole Vasanpeine, empregado da casa de banhos local. Com zelo de historiador e malícia de ficcionista, Alberto Manguel reconstrói o perfil de um personagem que os hábitos regulares e solitários tornam quase invisível a seus concidadãos. Sob a orientação de um antiquário japonês, Vasanpeine descobre na câmera fotográfica o instrumento apto a rematar o amor que volta às partes do corpo; dedos e unhas, comissuras e cabeleiras, ocos e protuberâncias convertem-se em seres autônomos, livres da tirania de seus respectivos donos.

Mas que não se tome Vasanpeine por voyeur ou fetichista - ele é antes um ´filosofo natural´, cúmplice das formas que anseiam atingir uma existência arquetípica, e sequioso, ele mesmo, de livrar o desejo erótico da incompletude e da melancolia que vêm no encalço de todo ato amoroso. E tudo parece correr bem, até que uma singular criatura, fragmentária e indivisível, venha frustrar seu empenho e devolvê-lo ao tormento amoroso.

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