Em O dia da coruja, o leitor acompanha os passos e artimanhas do honesto capitão Bellodi, que investiga uma série de assassinatos numa pequena cidade italiana da Sicília. Republicano e anti fascista, Bellodi é um “mão limpa” ao pé da letra. Esbarra, porém, em redes invisíveis, arrumadas para que a verdade não apareça e se dissolva entre as malhas do poder.

Mas o capitão, transferido da Itália continental para a Sicília, está disposto a descobrir o verdadeiro culpado pela onda de crimes e mortes. O protagonista de Leonardo Sciascia segue pistas tênues, embora consistentes, que indicam não só a participação da máfia, como a presença de outras pessoas poderosas por trás do assassinato. Bellodi é um policial obstinado; mas nem seus maiores esforços poderão incriminar os verdadeiros culpados.

Baseado em fatos reais — a morte de um sindicalista comunista em janeiro de 1947 —, O dia da coruja tornou-se um clássico da literatura italiana contemporânea. Nele, o autor apresenta sua aversão à ideologia fascista e como ela a afeta tanto no plano afetivo quanto nos planos morais e intelectuais. Essa aversão, inclusive, influenciou o relacionamento de Sciascia com o pai, que fora obrigado a se inscrever no partido para conseguir emprego. O fascismo mostrou ao autor tudo que era contra a dignidade e a liberdade humana. Sua representação da máfia siciliana em O dia da coruja dá voz a essa revolta com humor e ironia.

Ed. Alfaguara - 136 pág. - brochura

Sobre o autor:

Nasceu em Racalmuto, na Sicília, em janeiro de 1921. Autor de romances marcados pela crítica à corrupção política e ao poder arbitrário, tornou-se um dos mais proeminentes escritores italianos do século XX. Seu primeiro livro, Favole della ditatura, uma sátira ao fascismo, foi publicado em 1950. Nas obras seguintes, alcançou o sucesso ao abordar com ironia o cotidiano na Sicília. A partir da década de 1960, passou a se inspirar nos romances policiais para desenvolver suas ideias. A Cada um o Seu, um de seus livros mais importantes, pertence a essa fase. Além de escritor, Sciascia atuou também na política. Em 1976 foi eleito para o Conselho Municipal de Palermo. Posteriormente, atuou no Parlamento Italiano e, em 1979, tornou-se membro do Parlamento Europeu. Sciascia morreu em novembro de 1989, em Palermo.

 

O DIA DA CORUJA - Leonardo Sciascia

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Em O dia da coruja, o leitor acompanha os passos e artimanhas do honesto capitão Bellodi, que investiga uma série de assassinatos numa pequena cidade italiana da Sicília. Republicano e anti fascista, Bellodi é um “mão limpa” ao pé da letra. Esbarra, porém, em redes invisíveis, arrumadas para que a verdade não apareça e se dissolva entre as malhas do poder.

Mas o capitão, transferido da Itália continental para a Sicília, está disposto a descobrir o verdadeiro culpado pela onda de crimes e mortes. O protagonista de Leonardo Sciascia segue pistas tênues, embora consistentes, que indicam não só a participação da máfia, como a presença de outras pessoas poderosas por trás do assassinato. Bellodi é um policial obstinado; mas nem seus maiores esforços poderão incriminar os verdadeiros culpados.

Baseado em fatos reais — a morte de um sindicalista comunista em janeiro de 1947 —, O dia da coruja tornou-se um clássico da literatura italiana contemporânea. Nele, o autor apresenta sua aversão à ideologia fascista e como ela a afeta tanto no plano afetivo quanto nos planos morais e intelectuais. Essa aversão, inclusive, influenciou o relacionamento de Sciascia com o pai, que fora obrigado a se inscrever no partido para conseguir emprego. O fascismo mostrou ao autor tudo que era contra a dignidade e a liberdade humana. Sua representação da máfia siciliana em O dia da coruja dá voz a essa revolta com humor e ironia.

Ed. Alfaguara - 136 pág. - brochura

Sobre o autor:

Nasceu em Racalmuto, na Sicília, em janeiro de 1921. Autor de romances marcados pela crítica à corrupção política e ao poder arbitrário, tornou-se um dos mais proeminentes escritores italianos do século XX. Seu primeiro livro, Favole della ditatura, uma sátira ao fascismo, foi publicado em 1950. Nas obras seguintes, alcançou o sucesso ao abordar com ironia o cotidiano na Sicília. A partir da década de 1960, passou a se inspirar nos romances policiais para desenvolver suas ideias. A Cada um o Seu, um de seus livros mais importantes, pertence a essa fase. Além de escritor, Sciascia atuou também na política. Em 1976 foi eleito para o Conselho Municipal de Palermo. Posteriormente, atuou no Parlamento Italiano e, em 1979, tornou-se membro do Parlamento Europeu. Sciascia morreu em novembro de 1989, em Palermo.