- Início
-
Produtos
- arquitetura & urbanismo
- artes
- autoajuda, relacionamento & comportamento
- biografias & memórias
- casa & escritório
- ciências & tecnologias
- comunicação e mídias
- culinária & gastronomia
- dicionários, cursos & idiomas
- humanidades
- literatura
- medicina & saúde
- moda & beleza
- psi
- livros de bolso
- boxes & coleções
- juvenis
- economia
- história natural
- literatura italiana
- brasileira
- literatura americana
- literatura mundial
- botânica
- política internacional
- economia do trabalho
- teoria política
- comunicação
- serviço social
- serviço social
- história do brasil
- neurobiologia
- história geral
- literatura / espanhola
- infomática
- literatura indiana
- literatura latino-americana
- juvenis
- viagem & turismo
- esporte
- neurociência
- neurociência
- guerra fria
- política internacional
- pop
- história antiga
- semântica / linguística
- história política
- quadrinhos
- economia brasileira
- literatura alemã
- graphic novel
- HQ, quadrinhos, mangá
- budismo
- física quântica
- geografia humana
- filosofia alemã
- filô
- astrofísica
- história econômica
- infantil ilustrado
- reportagem
- literatura russa
- crítica literária
- decoração
- África
- literatura africana
- relações internacionais
- biologia
- teoria da evolução
- teatro
- direito internacional
- literatura canadense
- literatura canadense
- ateísmo & agnosticismo
- policial
- humor
- literatura japonesa
- artesanato / arte popular
- espiritualidae
- jornalismo / entrevistas
- política mundial
- sociologia americana
- economia mundial
- economia mundial
- literatura amerciana
- história política
- música
- drummond
- Saldão
- Contato
'O homem nunca é um indivíduo; seria melhor chamá-lo universal singular', diz Sartre no prefácio desta obra. Porque o homem é um ser situado, universalizado por sua época, mas que nela se reproduz como individualidade. É preciso estudá-lo por essas duas facetas, pois é sempre redutora a opção por um ponto de vista único; a simples universalização faria dele nada mais que a soma de generalidades abstratas, enquanto a singularização restringiria sua vida a uma sequência de episódios particulares. É preciso ir de um ponto de vista ao outro, incessantemente. É preciso saber tudo o que é possível saber. Trata-se de um procedimento dialético que Sartre emprega com maestria em 'O idiota da família'. Seduzido pela obra de Flaubert (que ele considerava o seu oposto), Sartre faz dele o alvo e o pretexto de um estudo monumental. Suas fontes são abundantes (mais de uma dezena de volumes de cartas, testemunhos incontáveis dos irmãos Goncourt, de George Sand e as próprias obras de juventude de Flaubert), às quais se soma uma verveexuberante, grande fluência de escrita e uma paixão inesgotável, que lhe consumiu quinze anos de trabalho. Mas por onde começar? Para Sartre, essa preocupação é desnecessária - 'podemos entrar em um morto da maneira que quisermos. O essencial é partir de um problema. (...) Flaubert nos remete à sua proto-história. O que se precisa tentar conhecer é a origem dessa chaga 'sempre escondida' e que, de todo modo, tem origem em sua primeira infância. Este não será, acredito, um mau começo'. Partindo dessa reflexão, o primeiro volume trata da constituição de Flaubert a partir de seu meio familiar. Mãe fria e pai autoritário são os ingredientes determinantes da passividade pessimista do adolescente, para quem a realidade é essencialmente má. No segundo volume, a neurose de Flaubert ganha contornos mais nítidos. Ocorre a personalização, que é a vivência concreta do condicionamento infantil, com a resultante 'opção pelo irreal'. No terceiro volume apresenta-se a hipótese de que a neurose subjetiva de Flaubert seria a particularização de uma neurose coletiva, compartilhada pela elite culta da burguesia do Segundo Império francês. O resultado é um estudo originalíssimo. Surgindo num momento em que reinavam debates teóricos de extrema abstração, 'O idiota da família' surtiu efeito devastador, com sua ambição desmedida e ao mesmo tempo artesanal de pôr à prova todos os conhecimentos disponíveis no estudo de um caso concreto e de fundar uma antropologia dialética e totalizadora, em que se mesclam existencialismo, marxismo e psicanálise. É uma obra solitária, ápice e conclusão de uma vida. Interrompido abruptamente pela cegueira de seu autor, 'O idiota da família' é um marco, por ter unido magistralmente literatura e filosofia sob a pena de um dos maiores intelectuais do século XX.
Ed. L&PM - 1112 pág. - brochura
O IDIOTA DA FAMÍLIA - vol. 1 - Jean-Paul Sartre
'O homem nunca é um indivíduo; seria melhor chamá-lo universal singular', diz Sartre no prefácio desta obra. Porque o homem é um ser situado, universalizado por sua época, mas que nela se reproduz como individualidade. É preciso estudá-lo por essas duas facetas, pois é sempre redutora a opção por um ponto de vista único; a simples universalização faria dele nada mais que a soma de generalidades abstratas, enquanto a singularização restringiria sua vida a uma sequência de episódios particulares. É preciso ir de um ponto de vista ao outro, incessantemente. É preciso saber tudo o que é possível saber. Trata-se de um procedimento dialético que Sartre emprega com maestria em 'O idiota da família'. Seduzido pela obra de Flaubert (que ele considerava o seu oposto), Sartre faz dele o alvo e o pretexto de um estudo monumental. Suas fontes são abundantes (mais de uma dezena de volumes de cartas, testemunhos incontáveis dos irmãos Goncourt, de George Sand e as próprias obras de juventude de Flaubert), às quais se soma uma verveexuberante, grande fluência de escrita e uma paixão inesgotável, que lhe consumiu quinze anos de trabalho. Mas por onde começar? Para Sartre, essa preocupação é desnecessária - 'podemos entrar em um morto da maneira que quisermos. O essencial é partir de um problema. (...) Flaubert nos remete à sua proto-história. O que se precisa tentar conhecer é a origem dessa chaga 'sempre escondida' e que, de todo modo, tem origem em sua primeira infância. Este não será, acredito, um mau começo'. Partindo dessa reflexão, o primeiro volume trata da constituição de Flaubert a partir de seu meio familiar. Mãe fria e pai autoritário são os ingredientes determinantes da passividade pessimista do adolescente, para quem a realidade é essencialmente má. No segundo volume, a neurose de Flaubert ganha contornos mais nítidos. Ocorre a personalização, que é a vivência concreta do condicionamento infantil, com a resultante 'opção pelo irreal'. No terceiro volume apresenta-se a hipótese de que a neurose subjetiva de Flaubert seria a particularização de uma neurose coletiva, compartilhada pela elite culta da burguesia do Segundo Império francês. O resultado é um estudo originalíssimo. Surgindo num momento em que reinavam debates teóricos de extrema abstração, 'O idiota da família' surtiu efeito devastador, com sua ambição desmedida e ao mesmo tempo artesanal de pôr à prova todos os conhecimentos disponíveis no estudo de um caso concreto e de fundar uma antropologia dialética e totalizadora, em que se mesclam existencialismo, marxismo e psicanálise. É uma obra solitária, ápice e conclusão de uma vida. Interrompido abruptamente pela cegueira de seu autor, 'O idiota da família' é um marco, por ter unido magistralmente literatura e filosofia sob a pena de um dos maiores intelectuais do século XX.
Ed. L&PM - 1112 pág. - brochura
Produtos Relacionados







Parcelas | Total | |
---|---|---|
1 x | de R$128,00 sem juros | R$128,00 |
2 x | de R$67,52 | R$135,04 |
3 x | de R$45,23 | R$135,68 |
4 x | de R$34,08 | R$136,32 |
5 x | de R$27,52 | R$137,60 |
6 x | de R$23,15 | R$138,88 |
7 x | de R$20,02 | R$140,16 |
8 x | de R$17,68 | R$141,44 |
9 x | de R$15,86 | R$142,72 |
10 x | de R$14,40 | R$144,00 |
11 x | de R$13,15 | R$144,64 |
12 x | de R$12,11 | R$145,28 |





Total:R$128,00
Frete grátis nas compras acima de 120,00
Até 12 vezes sem juros
Com todos os cartões de crédito
Site seguro
Protegemos seus dados
Frete grátis nas compras acima de 120,00
Até 12 vezes sem juros
Com todos os cartões de crédito
Site seguro
Protegemos seus dados