Em 1919, a Conferência de Paz de Paris reuniu 32 nações em torno da elaboração do acordo que deveria ser o marco de encerramento da Primeira Guerra Mundial - e, na visão triunfalista de alguns, o fim de qualquer possibilidade de novo conflito da mesma proporção. O resultado foi um dos maiores equívocos diplomáticos de todos os tempos. O tratado de Versalhes, que supostamente viria a pacificar o mundo, acabou por se tornar a semente de uma violência ainda maior, criando condições para a ascensão do nazismo na Alemanha e a eclosão da Segunda Guerra Mundial, apenas vinte anos mais tarde.

O livro 'O tratado de Versalhes' revela com riqueza de detalhes os bastidores das negociações que formataram o documento. Tudo relatado por uma testemunha privilegiada daquele momento histórico - o escritor Harold Nicolson, que em 1919 atuou como membro júnior da delegação diplomática inglesa à Conferência de Paz de Paris. Então um jovem diplomata especializado em questões territoriais, Nicolson descreve com lucidez a distância entre ações e intenções dos grandes líderes - entre eles, o presidente norte-americano Woodrow Wilson, o primeiro-ministro britânico David Lloyd George e o premiê francês Georges Clemenceau -, bem como as circunstâncias que levaram a escolhas irrefletidas, como, por exemplo, a pressão das massas por uma implacável reparação aos danos que o lado perdedor (sobretudo a Alemanha) causara aos países vencedores.

O título se divide em duas partes. Na primeira, o autor faz uma avaliação crítica do encontro diplomático, relacionando a desorganização, os erros, os infortúnios e as desavenças que levaram a um acordo final completamente diferente daquele que havia sido imaginado inicialmente como justo, viável e favorável ao restabelecimento da paz no continente europeu. A segunda parte do volume apresenta trechos selecionados do diário que Nicolson escreveu ao longo dos seis meses de missão diplomática, da abertura da conferência até a assinatura do tratado que praticamente decretou a ruína econômica da Alemanha.

Globo Livros - 260 pág. - brochura

O TRATADO DE VERSALHES - A paz depois da Primeira Guerra Mundial - Harold Nicolson

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Em 1919, a Conferência de Paz de Paris reuniu 32 nações em torno da elaboração do acordo que deveria ser o marco de encerramento da Primeira Guerra Mundial - e, na visão triunfalista de alguns, o fim de qualquer possibilidade de novo conflito da mesma proporção. O resultado foi um dos maiores equívocos diplomáticos de todos os tempos. O tratado de Versalhes, que supostamente viria a pacificar o mundo, acabou por se tornar a semente de uma violência ainda maior, criando condições para a ascensão do nazismo na Alemanha e a eclosão da Segunda Guerra Mundial, apenas vinte anos mais tarde.

O livro 'O tratado de Versalhes' revela com riqueza de detalhes os bastidores das negociações que formataram o documento. Tudo relatado por uma testemunha privilegiada daquele momento histórico - o escritor Harold Nicolson, que em 1919 atuou como membro júnior da delegação diplomática inglesa à Conferência de Paz de Paris. Então um jovem diplomata especializado em questões territoriais, Nicolson descreve com lucidez a distância entre ações e intenções dos grandes líderes - entre eles, o presidente norte-americano Woodrow Wilson, o primeiro-ministro britânico David Lloyd George e o premiê francês Georges Clemenceau -, bem como as circunstâncias que levaram a escolhas irrefletidas, como, por exemplo, a pressão das massas por uma implacável reparação aos danos que o lado perdedor (sobretudo a Alemanha) causara aos países vencedores.

O título se divide em duas partes. Na primeira, o autor faz uma avaliação crítica do encontro diplomático, relacionando a desorganização, os erros, os infortúnios e as desavenças que levaram a um acordo final completamente diferente daquele que havia sido imaginado inicialmente como justo, viável e favorável ao restabelecimento da paz no continente europeu. A segunda parte do volume apresenta trechos selecionados do diário que Nicolson escreveu ao longo dos seis meses de missão diplomática, da abertura da conferência até a assinatura do tratado que praticamente decretou a ruína econômica da Alemanha.

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