O Décimo Sol apaixonou-se pela Décima Segunda Lua e, para vê-la, leva os nove irmãos ao céu. Pela primeira vez, brilham todos ao mesmo tempo, iluminando o mundo inteiro. Mas, na China, a seca faz as plantas parecerem papel queimado, e as árvores, leques de cinzas.

Segundo os antigos chineses, existiam doze luas e dez sóis. Cada noite, um grande sapo pegava uma lua com a boca, enchia as enormes bochechas e assoprava bem forte, soltando o satélite no céu. Já os sóis eram levados às alturas por um corvo preto. Enquanto as primeiras se banhavam à sombra da Árvore dos Pântanos Doces, os segundos recobravam o brilho à sombra da Árvore dos Lagos Salgados.
Eles viviam assim, bem separadaos, até que um dia o Décimo Sol vê a Décima Segunda Lua e passa a sonhar com ela - sonha que os dois se encontram e passam a viver juntos, o que é impossível. De tão triste, ele está empalidecendo e perdendo o brilho, e acaba armando uma grande confusão: com a luz de todos os irmãos iluminando o céu ao mesmo tempo, consegue ver sua amada. Mas o calor extremo gera uma seca sem precedentes, que compromete a vida de todos os chineses. Os animais que sabiam voar se escondem na Gruta Proibida aos Homens, os peixes morrem todos cozidos, as plantas estão mortas.
Palavras são substituídas por ideogramas chineses ao longo da história, que ensina um pouco da cultura do país. Em Os dez sóis que se apaixonaram pelas doze luas conhecemos a lenda da origem do arroz, planta que alimenta os homens, as mulheres e as crianças da China há mais de 3 mil anos.

Companhia das Letrinhas - 64 pág. - brochura

OS DEZ SÓIS QUE SE APAIXONARAM PELAS DOZE LUAS - Lisa Bresner Ilustrador: Frédérick Mansot

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O Décimo Sol apaixonou-se pela Décima Segunda Lua e, para vê-la, leva os nove irmãos ao céu. Pela primeira vez, brilham todos ao mesmo tempo, iluminando o mundo inteiro. Mas, na China, a seca faz as plantas parecerem papel queimado, e as árvores, leques de cinzas.

Segundo os antigos chineses, existiam doze luas e dez sóis. Cada noite, um grande sapo pegava uma lua com a boca, enchia as enormes bochechas e assoprava bem forte, soltando o satélite no céu. Já os sóis eram levados às alturas por um corvo preto. Enquanto as primeiras se banhavam à sombra da Árvore dos Pântanos Doces, os segundos recobravam o brilho à sombra da Árvore dos Lagos Salgados.
Eles viviam assim, bem separadaos, até que um dia o Décimo Sol vê a Décima Segunda Lua e passa a sonhar com ela - sonha que os dois se encontram e passam a viver juntos, o que é impossível. De tão triste, ele está empalidecendo e perdendo o brilho, e acaba armando uma grande confusão: com a luz de todos os irmãos iluminando o céu ao mesmo tempo, consegue ver sua amada. Mas o calor extremo gera uma seca sem precedentes, que compromete a vida de todos os chineses. Os animais que sabiam voar se escondem na Gruta Proibida aos Homens, os peixes morrem todos cozidos, as plantas estão mortas.
Palavras são substituídas por ideogramas chineses ao longo da história, que ensina um pouco da cultura do país. Em Os dez sóis que se apaixonaram pelas doze luas conhecemos a lenda da origem do arroz, planta que alimenta os homens, as mulheres e as crianças da China há mais de 3 mil anos.

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