Publicado originalmente em 1973, The Buenos Aires affair é o terceiro livro de Manuel Puig – autor argentino que se tornou mundialmente conhecido após o sucesso do romance O beijo da mulher-aranha – e deixou uma marca definitiva na literatura latino-americana do século XX. Alheio a qualquer tipo de tradição ou tendência, Puig se destacou principalmente pela singularidade e pela força de seus trabalhos. Ao se apropriar da chamada “cultura pop”, o escritor esquartejou impiedosamente as linguagens cinematográfica e folhetinesca para remontá-las de forma arrebatadora nas páginas de seus livros.

The Buenos Aires affair traz uma peculiar versão dos romances policiais, onde uma trama aparentemente convencional de sexo e morte é transformada em uma das obras mais inovadoras de nosso tempo.O romance é um fascinante e idiossincrático thriller que narra a estranha relação entre a escultora Gladys Habe D’Onofrio e o crítico de arte Leopoldo Druscovich. Ela perdeu um olho durante uma tentativa de estupro e vive um dia-a-dia solitário regado por fantasias eróticas; ele é um homem com impressionantes dotes sexuais e um passado marcado pelo sangue. Gladys constantemente pensa em cometer suicídio através de uma mistura de barbitúricos com álcool, enquanto Leopoldo passa os dias tentando domar os seus impulsos assassinos. São os opostos: ela é a vítima e ele é o criminoso, mas ambos estão física e psicologicamente conectados desde o nascimento e até a morte.Mas o autor expõe essa história de uma maneira absolutamente não-convencional, utilizando em cada capítulo uma estrutura narrativa distinta e surpreendente.

Das abstrações dos pensamentos de todos os personagens às frias transcrições de conversas telefônicas e registros telegráficos, o estilo de The Buenos Aires affair prima pela experi-mentação e pela inquietação. Manuel Puig, amante e estudioso da sétima arte, também deu ao cinema um papel fun-damental em seu romance. Além de muitas vezes utilizar uma linguagem detalhada e descritiva típica dos roteiros ci-nematográficos, o texto é entremeado por referências a clássicos da época áurea de Hollywood – contendo, inclusive, transcrições de diálogos de filmes estrelados por grandes nomes do passado como Greta Garbo, Marlene Dietrich e Hedy Lamarr.

O romance ainda traz denúncias ao regime político que conduzia a Argentina no começo da década de 70, fato que transformou Puig em um perseguido político e fez com que suas obras fossem censuradas naquele país. Ameaçado de morte pela Aliança Anticomunista Argentina, o autor foi obrigado a deixar sua terra natal e iniciar uma vida dividida entre outras nações. Passou uma temporada no México e depois veio morar no Brasil, onde ficou por quase dez anos. A genialidade de Manuel Puig, entretanto, transcende qualquer fronteira. “Aquilo que os teóricos chamam de ‘técnicas narrativas’ era, para Puig, um verdadeiro vale-tudo, em que entravam as revistas de moda, a linguagem dos sussurros e das confissões obscuras, o dramatismo exacerbado das paixões secretas, proibidas e sufocadas”, afirma o escritor Eric Nepomuceno na orelha do livro. “Para alguns, The Buenos Aires affair é o melhor de todos os romances de Manuel Puig. Há, é claro, os que discordam. O que não há é quem passe indiferente por estas páginas.”

José Olýmpio Editora - 256 pág. - brochura

THE BUENOS AIRES AFFAIR - Manuel Puig

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Publicado originalmente em 1973, The Buenos Aires affair é o terceiro livro de Manuel Puig – autor argentino que se tornou mundialmente conhecido após o sucesso do romance O beijo da mulher-aranha – e deixou uma marca definitiva na literatura latino-americana do século XX. Alheio a qualquer tipo de tradição ou tendência, Puig se destacou principalmente pela singularidade e pela força de seus trabalhos. Ao se apropriar da chamada “cultura pop”, o escritor esquartejou impiedosamente as linguagens cinematográfica e folhetinesca para remontá-las de forma arrebatadora nas páginas de seus livros.

The Buenos Aires affair traz uma peculiar versão dos romances policiais, onde uma trama aparentemente convencional de sexo e morte é transformada em uma das obras mais inovadoras de nosso tempo.O romance é um fascinante e idiossincrático thriller que narra a estranha relação entre a escultora Gladys Habe D’Onofrio e o crítico de arte Leopoldo Druscovich. Ela perdeu um olho durante uma tentativa de estupro e vive um dia-a-dia solitário regado por fantasias eróticas; ele é um homem com impressionantes dotes sexuais e um passado marcado pelo sangue. Gladys constantemente pensa em cometer suicídio através de uma mistura de barbitúricos com álcool, enquanto Leopoldo passa os dias tentando domar os seus impulsos assassinos. São os opostos: ela é a vítima e ele é o criminoso, mas ambos estão física e psicologicamente conectados desde o nascimento e até a morte.Mas o autor expõe essa história de uma maneira absolutamente não-convencional, utilizando em cada capítulo uma estrutura narrativa distinta e surpreendente.

Das abstrações dos pensamentos de todos os personagens às frias transcrições de conversas telefônicas e registros telegráficos, o estilo de The Buenos Aires affair prima pela experi-mentação e pela inquietação. Manuel Puig, amante e estudioso da sétima arte, também deu ao cinema um papel fun-damental em seu romance. Além de muitas vezes utilizar uma linguagem detalhada e descritiva típica dos roteiros ci-nematográficos, o texto é entremeado por referências a clássicos da época áurea de Hollywood – contendo, inclusive, transcrições de diálogos de filmes estrelados por grandes nomes do passado como Greta Garbo, Marlene Dietrich e Hedy Lamarr.

O romance ainda traz denúncias ao regime político que conduzia a Argentina no começo da década de 70, fato que transformou Puig em um perseguido político e fez com que suas obras fossem censuradas naquele país. Ameaçado de morte pela Aliança Anticomunista Argentina, o autor foi obrigado a deixar sua terra natal e iniciar uma vida dividida entre outras nações. Passou uma temporada no México e depois veio morar no Brasil, onde ficou por quase dez anos. A genialidade de Manuel Puig, entretanto, transcende qualquer fronteira. “Aquilo que os teóricos chamam de ‘técnicas narrativas’ era, para Puig, um verdadeiro vale-tudo, em que entravam as revistas de moda, a linguagem dos sussurros e das confissões obscuras, o dramatismo exacerbado das paixões secretas, proibidas e sufocadas”, afirma o escritor Eric Nepomuceno na orelha do livro. “Para alguns, The Buenos Aires affair é o melhor de todos os romances de Manuel Puig. Há, é claro, os que discordam. O que não há é quem passe indiferente por estas páginas.”

José Olýmpio Editora - 256 pág. - brochura