Neste volume estão reunidos os romances 'O Escritor Fantasma', 'Zuckerman Libertado' e 'A Lição de Anatomia' - publicados entre 1979 e 1984 -- e a novela 'A Orgia de Praga', que serve de epílogo à essa trilogia em que Philip Roth conta a saga do escritor Nathan Zuckerman. Neto de judeus poloneses que emigraram para os Estados Unidos no início do século XX, Zuckerman é um escritor obcecado pelos judeus e por suas histórias.

No entanto, os judeus que lhe interessam são as pessoas com as quais ele conviveu na infância e na adolescência, cuja experiência de vida se inscreve não na tragédia do Holocausto, mas na realidade bem mais comezinha de uma sociedade caracterizada pelo apreço à democracia e à liberdade - e movida por um consumismo desenfreado. Como Zuckerman é um escritor de mão-cheia, os leitores acreditam piamente em suas narrativas, esquecendo-se de que estão diante de obras de ficção. Um conto escrito por ele aos 23 anos, baseado num episódio burlesco ocorrido com familiares seus, é imediatamente visto como um ataque difamatório a seu próprio povo.

E, anos depois, com a publicação de um livro escandaloso que cai como uma luva no espírito libertário dos anos 1960, as censuras à sua ficção ganham contornos ainda mais absurdos - dizem até que são as revelações picantes contidas nesse livro que provocam um infarte em seu pai. Dotado de uma índole em que a indignação vem logo à tona, Zuckerman responde ao disparate das críticas com invenções verbais cada vez mais iradas, extravagantes e engraçadas. Mas paga caro por isso.

Companhia das Letras - 552 pág. - brochura

Zuckerman Acorrentado - 3 Romances e 1 Epílogo - Philip Roth

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Neste volume estão reunidos os romances 'O Escritor Fantasma', 'Zuckerman Libertado' e 'A Lição de Anatomia' - publicados entre 1979 e 1984 -- e a novela 'A Orgia de Praga', que serve de epílogo à essa trilogia em que Philip Roth conta a saga do escritor Nathan Zuckerman. Neto de judeus poloneses que emigraram para os Estados Unidos no início do século XX, Zuckerman é um escritor obcecado pelos judeus e por suas histórias.

No entanto, os judeus que lhe interessam são as pessoas com as quais ele conviveu na infância e na adolescência, cuja experiência de vida se inscreve não na tragédia do Holocausto, mas na realidade bem mais comezinha de uma sociedade caracterizada pelo apreço à democracia e à liberdade - e movida por um consumismo desenfreado. Como Zuckerman é um escritor de mão-cheia, os leitores acreditam piamente em suas narrativas, esquecendo-se de que estão diante de obras de ficção. Um conto escrito por ele aos 23 anos, baseado num episódio burlesco ocorrido com familiares seus, é imediatamente visto como um ataque difamatório a seu próprio povo.

E, anos depois, com a publicação de um livro escandaloso que cai como uma luva no espírito libertário dos anos 1960, as censuras à sua ficção ganham contornos ainda mais absurdos - dizem até que são as revelações picantes contidas nesse livro que provocam um infarte em seu pai. Dotado de uma índole em que a indignação vem logo à tona, Zuckerman responde ao disparate das críticas com invenções verbais cada vez mais iradas, extravagantes e engraçadas. Mas paga caro por isso.

Companhia das Letras - 552 pág. - brochura