Publicado originalmente na década de 1980,A Sabinada investiga a revolta republicana e separatista que dominou a cidade de Salvador entre novembro de 1837 e março de 1838. Valendo-se de extensiva documentação, Paulo César de Souza revela as motivações políticas, sociais e econômicas da revolução baiana, apontando o centralismo da Corte, a tensão racial e a miséria como suas causas fundamentais. Os principais líderes encarnavam os anseios de boa parte das camadas médias e baixas da população de Salvador, compostas na maioria por mulatos e escravos libertos.
Após poucos meses de cerco, entretanto, a impiedosa repressão organizada pela aristocracia rural do Recôncavo invade a capital, enquanto o governo republicano, incapaz de resistir às próprias hesitações e contradições, cai fragorosamente. Os líderes brancos são capturados, julgados e quase sempre condenados a penas leves (e mais tarde anistiados por d. Pedro II), enquanto a grande maioria dos revoltosos presos ou mortos pelos monarquistas, segundo o autor, é de negros e mulatos. Percebe-se, afinal, como a história da Sabinada deixa à mostra as mais características fraturas do tecido social brasileiro, desde então quase inalterado.

Ed. Cia. das Letras - 272 pág. - brochura

A SABINADA - A revolta separatista da Bahia - 1837 Paulo César de Souza

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Publicado originalmente na década de 1980,A Sabinada investiga a revolta republicana e separatista que dominou a cidade de Salvador entre novembro de 1837 e março de 1838. Valendo-se de extensiva documentação, Paulo César de Souza revela as motivações políticas, sociais e econômicas da revolução baiana, apontando o centralismo da Corte, a tensão racial e a miséria como suas causas fundamentais. Os principais líderes encarnavam os anseios de boa parte das camadas médias e baixas da população de Salvador, compostas na maioria por mulatos e escravos libertos.
Após poucos meses de cerco, entretanto, a impiedosa repressão organizada pela aristocracia rural do Recôncavo invade a capital, enquanto o governo republicano, incapaz de resistir às próprias hesitações e contradições, cai fragorosamente. Os líderes brancos são capturados, julgados e quase sempre condenados a penas leves (e mais tarde anistiados por d. Pedro II), enquanto a grande maioria dos revoltosos presos ou mortos pelos monarquistas, segundo o autor, é de negros e mulatos. Percebe-se, afinal, como a história da Sabinada deixa à mostra as mais características fraturas do tecido social brasileiro, desde então quase inalterado.

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