Inspirada na tradição ensaística de autoras como Susan Sontag, Virginie Despentes, Chris Kraus e Maggie Nelson, Ligia Gonçalves Diniz reflete sobre os variados aspectos da vida masculina. Ela parte de sua experiência como mulher ― mas também como teórica e leitora de literatura ― para explorar, pelas lentes da ficção, as figurações do que é ser um homem.

Uma das coisas que só a ficção é capaz de nos proporcionar é a experiência de existir em um corpo que não é nosso e olhar o mundo a partir dele. Em O homem não existe , Ligia Gonçalves Diniz se propõe a esse exercício e abre um repertório de referências literárias e artísticas na tentativa não apenas de entender, mas de experimentar o papel de ser esse seu duplo.
Homero, Philip Roth, Tolstói, Maiakóvski, Ben Lerner, Montaigne, Paul Preciado e muitos outros nomes entram no rol de apreciações afetivas da autora. E é a partir da leitura de seus textos, sob uma ótica generosa e feminista, que ela se debruça sobre temas frequentes a respeito dos homens: a obsessão pelo pênis, a estetização da violência e da dor física, o fantasma ou a fantasia da guerra, o ímpeto ao movimento, a apreciação da força e da beleza e o ambíguo prazer sexual.
Recorrendo à psicanálise de Freud e Lacan, fazendo contrapontos a ela e convocando outras vozes femininas para sua análise ― como Luce Irigaray, Audre Lorde, Anne Carson e Amia Srinivasan ―, Ligia oferece um retrato sincero e irônico, mas cheio de ternura, desses seres tão esquisitos.

O que quer uma mulher?’ é uma das perguntas mais batidas da psicanálise, uma pergunta que pautou uma imensidão de produções culturais, discussões acadêmicas e conversas de bar. Penso que já passou da hora de nós, mulheres, revirarmos a situação e tomarmos para nós a tarefa de pensar o que querem os homens.”

“Este livro abre espaço para que uma nova história da sexualidade seja contada. Não é pouco, convenhamos.” ― Eliane Robert Moraes

 

Zahar - 1ª ed. - 2024 - 416 pág. - brochura

O homem não existe: Masculinidade, desejo e ficção - Ligia Gonçalves Diniz

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Inspirada na tradição ensaística de autoras como Susan Sontag, Virginie Despentes, Chris Kraus e Maggie Nelson, Ligia Gonçalves Diniz reflete sobre os variados aspectos da vida masculina. Ela parte de sua experiência como mulher ― mas também como teórica e leitora de literatura ― para explorar, pelas lentes da ficção, as figurações do que é ser um homem.

Uma das coisas que só a ficção é capaz de nos proporcionar é a experiência de existir em um corpo que não é nosso e olhar o mundo a partir dele. Em O homem não existe , Ligia Gonçalves Diniz se propõe a esse exercício e abre um repertório de referências literárias e artísticas na tentativa não apenas de entender, mas de experimentar o papel de ser esse seu duplo.
Homero, Philip Roth, Tolstói, Maiakóvski, Ben Lerner, Montaigne, Paul Preciado e muitos outros nomes entram no rol de apreciações afetivas da autora. E é a partir da leitura de seus textos, sob uma ótica generosa e feminista, que ela se debruça sobre temas frequentes a respeito dos homens: a obsessão pelo pênis, a estetização da violência e da dor física, o fantasma ou a fantasia da guerra, o ímpeto ao movimento, a apreciação da força e da beleza e o ambíguo prazer sexual.
Recorrendo à psicanálise de Freud e Lacan, fazendo contrapontos a ela e convocando outras vozes femininas para sua análise ― como Luce Irigaray, Audre Lorde, Anne Carson e Amia Srinivasan ―, Ligia oferece um retrato sincero e irônico, mas cheio de ternura, desses seres tão esquisitos.

O que quer uma mulher?’ é uma das perguntas mais batidas da psicanálise, uma pergunta que pautou uma imensidão de produções culturais, discussões acadêmicas e conversas de bar. Penso que já passou da hora de nós, mulheres, revirarmos a situação e tomarmos para nós a tarefa de pensar o que querem os homens.”

“Este livro abre espaço para que uma nova história da sexualidade seja contada. Não é pouco, convenhamos.” ― Eliane Robert Moraes

 

Zahar - 1ª ed. - 2024 - 416 pág. - brochura