Vivemos numa época em que quase tudo pode ser comprado e vendido. Tudo é uma questão de quanto se quer pagar para obter determinada coisa. Por exemplo:
- Direito de ser imigrante nos Estados Unidos: US$ 500.000. 
- Alugar espaço na testa (ou em outra parte do corpo) para publicidade comercial: US$ 777.
- Servir de cobaia humana em testes de laboratórios farmacêuticos para novas medicações: US$ 7.500.
- Direito de abater um rinoceronte negro ameaçado de extinção: US$  150.000. 
- O celular do seu médico: US$ 1.500 ou mais por ano. 
- Direito de lançar uma tonelada métrica de gás carbônico na atmosfera: € 13 (aproximadamente US$ 18). 
Por que ficar preocupado com o fato de estarmos caminhando para uma sociedade em que tudo está à venda? Por dois motivos: um tem a ver com desigualdade; o outro, com corrupção.
Algumas das boas coisas da vida são corrompidas ou degradadas quando transformadas em mercadoria. Desse modo, para decidir em que circunstâncias o mercado faz sentido e quais aquelas em que deveria ser mantido a distância, temos de decidir que valor atribuir aos bens em questão – saúde, educação, vida familiar, natureza, arte, deveres cívicos e assim por diante. São questões de ordem moral e política, e não apenas econômicas. Para resolvê-las, precisamos debater, caso a caso, o significado moral desses bens e sua correta valorização.
O grande debate que está faltando na política contemporânea diz respeito ao papel e ao alcance dos mercados. Queremos uma economia de mercado ou uma sociedade de mercado? Que papel os mercados devem desempenhar na vida pública e nas relações pessoais? Como decidir que bens podem ser postos à venda e quais deles devem ser governados por outros valores que não os de mercado? Onde não pode prevalecer a lei do dinheiro?
São as questões de que este livro procurará tratar. Como elas envolvem visões polêmicas da sociedade ideal e da vida ideal, não posso prometer respostas definitivas. Mas pelo menos espero provocar um debate público a respeito e estabelecer um contexto filosófico para sua análise.

 

Ed. Civilização Brasileira - 240 pág. - brochura

 

O QUE O DINHEIRO NÃO COMPRA - Os limites morais do mercado - Michael J. Sandel

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Vivemos numa época em que quase tudo pode ser comprado e vendido. Tudo é uma questão de quanto se quer pagar para obter determinada coisa. Por exemplo:
- Direito de ser imigrante nos Estados Unidos: US$ 500.000. 
- Alugar espaço na testa (ou em outra parte do corpo) para publicidade comercial: US$ 777.
- Servir de cobaia humana em testes de laboratórios farmacêuticos para novas medicações: US$ 7.500.
- Direito de abater um rinoceronte negro ameaçado de extinção: US$  150.000. 
- O celular do seu médico: US$ 1.500 ou mais por ano. 
- Direito de lançar uma tonelada métrica de gás carbônico na atmosfera: € 13 (aproximadamente US$ 18). 
Por que ficar preocupado com o fato de estarmos caminhando para uma sociedade em que tudo está à venda? Por dois motivos: um tem a ver com desigualdade; o outro, com corrupção.
Algumas das boas coisas da vida são corrompidas ou degradadas quando transformadas em mercadoria. Desse modo, para decidir em que circunstâncias o mercado faz sentido e quais aquelas em que deveria ser mantido a distância, temos de decidir que valor atribuir aos bens em questão – saúde, educação, vida familiar, natureza, arte, deveres cívicos e assim por diante. São questões de ordem moral e política, e não apenas econômicas. Para resolvê-las, precisamos debater, caso a caso, o significado moral desses bens e sua correta valorização.
O grande debate que está faltando na política contemporânea diz respeito ao papel e ao alcance dos mercados. Queremos uma economia de mercado ou uma sociedade de mercado? Que papel os mercados devem desempenhar na vida pública e nas relações pessoais? Como decidir que bens podem ser postos à venda e quais deles devem ser governados por outros valores que não os de mercado? Onde não pode prevalecer a lei do dinheiro?
São as questões de que este livro procurará tratar. Como elas envolvem visões polêmicas da sociedade ideal e da vida ideal, não posso prometer respostas definitivas. Mas pelo menos espero provocar um debate público a respeito e estabelecer um contexto filosófico para sua análise.

 

Ed. Civilização Brasileira - 240 pág. - brochura