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O livro do francês Olivier Rolin renova o romance político e conta a história de uma geração com poesia e humor. O autor viveu os inflamados acontecimentos de Maio de 68, quando uma revolução que parecia movida pelo desejo tomou conta do mundo, tendo Paris como epicentro. O objetivo da Causa, a organização em que militava Martin, narrador e alter-ego literário de Rolin, era acabar com os "tigres de papel" do imperialismo, mas não só isso: por trás, havia o desejo de reparar o erro da geração de seus pais, que capitularam diante dos nazistas na Segunda Guerra e sofreram uma derrota sem honra na Indochina, na guerra colonial que anos depois culminaria na tragédia do Vietnã. O acerto de contas que Rolin faz em Tigre de papel, portanto, não é apenas com a sua própria geração, mas também com a de seus pais e com a seguinte, representada pela jovem que ouve a narração no banco do carona. Ela é Marie, a filha de Treize, seu melhor amigo e companheiro de militância na Causa, morto no começo dos anos 1980 em circunstâncias que vão sendo reveladas ao longo da história. Na virada do século, Rolin transformou "essas histórias que dormiam nos jornais de trinta anos atrás", como diz a epígrafe de Marcel Proust, num romance denso e belo sobre a sua geração, que não fez a Revolução mas extraiu dela algumas lições de beleza. O livro foi lançado na França em 2002, com grande repercussão. Foi finalista do Prêmio Goncourt e ganhou o France Culture 2003.
Cosac Naify - 288 pág. - brochura
TIGRE DE PAPEL - OLIVIER ROLIN
O livro do francês Olivier Rolin renova o romance político e conta a história de uma geração com poesia e humor. O autor viveu os inflamados acontecimentos de Maio de 68, quando uma revolução que parecia movida pelo desejo tomou conta do mundo, tendo Paris como epicentro. O objetivo da Causa, a organização em que militava Martin, narrador e alter-ego literário de Rolin, era acabar com os "tigres de papel" do imperialismo, mas não só isso: por trás, havia o desejo de reparar o erro da geração de seus pais, que capitularam diante dos nazistas na Segunda Guerra e sofreram uma derrota sem honra na Indochina, na guerra colonial que anos depois culminaria na tragédia do Vietnã. O acerto de contas que Rolin faz em Tigre de papel, portanto, não é apenas com a sua própria geração, mas também com a de seus pais e com a seguinte, representada pela jovem que ouve a narração no banco do carona. Ela é Marie, a filha de Treize, seu melhor amigo e companheiro de militância na Causa, morto no começo dos anos 1980 em circunstâncias que vão sendo reveladas ao longo da história. Na virada do século, Rolin transformou "essas histórias que dormiam nos jornais de trinta anos atrás", como diz a epígrafe de Marcel Proust, num romance denso e belo sobre a sua geração, que não fez a Revolução mas extraiu dela algumas lições de beleza. O livro foi lançado na França em 2002, com grande repercussão. Foi finalista do Prêmio Goncourt e ganhou o France Culture 2003.
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