O retorno triunfal ao Catete, com a esmagadora votação obtida nas eleições de outubro de 1950, deu início a um dos períodos mais conturbados da política brasileira. A oposição ferrenha do udenismo e da imprensa, personificada pelo jornalista Carlos Lacerda, combateu incessantemente todas as iniciativas populares (ou populistas) do segundo governo Getúlio. Realizações como a fundação da Petrobras e o aumento do salário mínimo foram ofuscadas por um sinistro clima de guerra psicológica. O “mar de lama” denunciado à exaustão por seus inimigos manietou o envelhecido presidente, dividido entre os afagos à classe trabalhadora e a obediência devida à praxe anticomunista da Guerra Fria. O atentado contra Lacerda e a morte do oficial-aviador que o escoltava, no início de agosto de 1954, foram a senha para a precipitação dos acontecimentos. Acuado por um iminente golpe militar, Getúlio chegou a esboçar uma resistência, mas, politicamente isolado, preferiu o suicídio à desonra da renúncia.
Nos sessenta anos desse desfecho trágico, Lira Neto reconstitui todos os lances do tenso xadrez político que se entrelaçou com os últimos anos da vida de Getúlio. Amparado numa minuciosa pesquisa, que incluiu centenas de livros e milhares de páginas de manuscritos e documentos originais, entre os quais a correspondência entre Getúlio e Alzira, o autor elucida um período capital da história do Brasil e interpreta a personalidade de seu mais importante ator político no século XX.

 

Cia. das Letras - 464 pág. - brochura

GETÚLIO - Da volta pela consagração popular ao suicídio (1945-1954) - Lira Neto

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O retorno triunfal ao Catete, com a esmagadora votação obtida nas eleições de outubro de 1950, deu início a um dos períodos mais conturbados da política brasileira. A oposição ferrenha do udenismo e da imprensa, personificada pelo jornalista Carlos Lacerda, combateu incessantemente todas as iniciativas populares (ou populistas) do segundo governo Getúlio. Realizações como a fundação da Petrobras e o aumento do salário mínimo foram ofuscadas por um sinistro clima de guerra psicológica. O “mar de lama” denunciado à exaustão por seus inimigos manietou o envelhecido presidente, dividido entre os afagos à classe trabalhadora e a obediência devida à praxe anticomunista da Guerra Fria. O atentado contra Lacerda e a morte do oficial-aviador que o escoltava, no início de agosto de 1954, foram a senha para a precipitação dos acontecimentos. Acuado por um iminente golpe militar, Getúlio chegou a esboçar uma resistência, mas, politicamente isolado, preferiu o suicídio à desonra da renúncia.
Nos sessenta anos desse desfecho trágico, Lira Neto reconstitui todos os lances do tenso xadrez político que se entrelaçou com os últimos anos da vida de Getúlio. Amparado numa minuciosa pesquisa, que incluiu centenas de livros e milhares de páginas de manuscritos e documentos originais, entre os quais a correspondência entre Getúlio e Alzira, o autor elucida um período capital da história do Brasil e interpreta a personalidade de seu mais importante ator político no século XX.

 

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