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O inédito Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar foi o primeiro livro escrito por Fernanda Young (1970-2019), aos 17 anos, e também o último a que ela se dedicaria, revendo os originais para a publicação mais de três décadas depois. Escrito no auge do despertar criativo da adolescência da autora, o romance exibe todos os sinais da grande artista que estava por vir – uma voz única, absolutamente original, libertária, criadora e desconcertante nas letras brasileiras.
No prefácio, Cecília Young, filha da autora, apresenta a narrativa como a história de “uma jovem que, ao ter sua primeira menstruação, começa a ver o mundo de outra maneira – uma que não condiz com o olhar religioso da sua família, e sim com a liberdade de ser mulher”. O livro, dessa forma, reflete as muitas facetas de Fernanda Young: a escritora “louca”, a poeta “maldita”, a mãe de muitos filhos e a mulher que sempre buscou diferentes formas de espiritualidade e de se relacionar com o mundo.
Essa dualidade está representada na capa, cuja ilustração é assinada por outra de suas filhas, Estela May Young. O desenho retrata um touro, signo astrológico de Fernanda, sendo domado por Jéssica – personagem que, de forma bem-humorada, a escritora assumia no dia a dia familiar para representar sua criança interior.
Ao resgatar os originais de Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar, Fernanda teve dúvidas quanto à publicação. Porém, como resposta ao momento atual do Brasil – que costumava chamar de “retrógrado” e “cafona” –, decidiu finalmente lançá-lo. Chegou a selecionar momentos narrativos que mereciam ser ampliados e conflitos que poderiam ser aprofundados, planos interrompidos por sua morte repentina em agosto de 2019.
Dessa forma, a obra que chega agora ao leitor preserva fielmente o texto escrito entre 1987 e 1988 por uma adolescente sonhadora que se preparava para ingressar na faculdade de Letras. Como conta Eugênia Ribas Vieira, que assina a nota introdutória, “este romance foi publicado para manter viva a obra de Fernanda Young. É a afirmação de sua voz ativa e provocadora, que há de ressoar por muitos e muitos anos. Que ela não pare de nos tirar de um lugar de conforto em troca de liberdade e sonho.”
A editora LeYa Brasil lança Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar numa primeira edição única e limitada, primorosa em cada detalhe do projeto gráfico estudado e assinado por Victor Burton, dedicada aos leitores e apreciadores de Fernanda – e em justa homenagem a toda a sua grande obra que aqui, aos 17 anos, se anunciava.
Ed. Leya - 160 pág. - capa dura
POSSO PEDIR PERDÃO, SÓ NÃO POSSO DEIXAR DE PECAR - Fernanda Young
O inédito Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar foi o primeiro livro escrito por Fernanda Young (1970-2019), aos 17 anos, e também o último a que ela se dedicaria, revendo os originais para a publicação mais de três décadas depois. Escrito no auge do despertar criativo da adolescência da autora, o romance exibe todos os sinais da grande artista que estava por vir – uma voz única, absolutamente original, libertária, criadora e desconcertante nas letras brasileiras.
No prefácio, Cecília Young, filha da autora, apresenta a narrativa como a história de “uma jovem que, ao ter sua primeira menstruação, começa a ver o mundo de outra maneira – uma que não condiz com o olhar religioso da sua família, e sim com a liberdade de ser mulher”. O livro, dessa forma, reflete as muitas facetas de Fernanda Young: a escritora “louca”, a poeta “maldita”, a mãe de muitos filhos e a mulher que sempre buscou diferentes formas de espiritualidade e de se relacionar com o mundo.
Essa dualidade está representada na capa, cuja ilustração é assinada por outra de suas filhas, Estela May Young. O desenho retrata um touro, signo astrológico de Fernanda, sendo domado por Jéssica – personagem que, de forma bem-humorada, a escritora assumia no dia a dia familiar para representar sua criança interior.
Ao resgatar os originais de Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar, Fernanda teve dúvidas quanto à publicação. Porém, como resposta ao momento atual do Brasil – que costumava chamar de “retrógrado” e “cafona” –, decidiu finalmente lançá-lo. Chegou a selecionar momentos narrativos que mereciam ser ampliados e conflitos que poderiam ser aprofundados, planos interrompidos por sua morte repentina em agosto de 2019.
Dessa forma, a obra que chega agora ao leitor preserva fielmente o texto escrito entre 1987 e 1988 por uma adolescente sonhadora que se preparava para ingressar na faculdade de Letras. Como conta Eugênia Ribas Vieira, que assina a nota introdutória, “este romance foi publicado para manter viva a obra de Fernanda Young. É a afirmação de sua voz ativa e provocadora, que há de ressoar por muitos e muitos anos. Que ela não pare de nos tirar de um lugar de conforto em troca de liberdade e sonho.”
A editora LeYa Brasil lança Posso pedir perdão, só não posso deixar de pecar numa primeira edição única e limitada, primorosa em cada detalhe do projeto gráfico estudado e assinado por Victor Burton, dedicada aos leitores e apreciadores de Fernanda – e em justa homenagem a toda a sua grande obra que aqui, aos 17 anos, se anunciava.
Ed. Leya - 160 pág. - capa dura
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